O casamento gay e a Igreja
"Melhor é serem dois do que um, pois têm melhor paga por seu trabalho. Se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas pobre do homem que cai e não há quem o levante! E se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só, como se aquentará? Se alguém lutar contra um, os dois o resistirão, pois um cordão de três dobras não se rompe facilmente."
Eclesiastes 4:9-12
Longe de pretender que o texto acima sirva como base bíblica para o casamento gay, reconhecemos humildemente que o casamento gay não possui base bíblica, assim como qualquer outra forma de casamento civil. O casamento civil surgiu na França em 1792, e foi instituído no Brasil somente em 1890 pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Com base nestas datas, entendemos que a igreja primitiva jamais teria exigido uma certidão de casamento para ministrar o batismo a um novo convertido.
Esta informação traz à luz a inequívoca verdade de que o casamento civil é uma instituição humana e não divina e, isto posto, causa-nos estranheza uma instituição religiosa vetar ao batismo em águas o candidato que tenha um relacionamento conjugal e não esteja casado civilmente. Este, porém, é assunto para um outro artigo.
O que pretendemos com o texto bíblico que usamos como tema neste artigo é esclarecer que não é bom que o homem viva só (Gênesis 2:18), e que apesar da doutrina hetero-normativa que envolve o Cristianismo, não é o desejo de Deus que os homossexuais sejam condenados à solidão na terceira idade ou que se entreguem à imoralidade por não serem aquilo que a sociedade esperava que fossem.
É importante evidenciar que nenhum homossexual escolheu sua orientação sexual, assim como nenhum heterossexual tenha escolhido. A sexualidade é naturalmente adquirida com a identidade de cada um, e não podemos viver de fantasias teológicas, esperando que a qualquer momento ocorra o milagre da heterossexualização de um gay, quando na verdade assistimos inúmeros casamentos se desfazendo porque um dos cônjuges se casou com o sexo oposto por medo de ser condenado.
Inúmeros testemunhos-troféus são contados por suspostos "ex-gays" que são, na verdade, bissexuais que abriram mão de se relacionar com pessoas do mesmo sexo. Quem conhece o assunto entende que é impossível um homossexual sentir atração pelo sexo oposto. A bissexualidade existe e é tão comum quanto a homossexualidade.
Ser homossexual não é a regra, mas é natural. Muitas espécies na natureza tem quantidades muito grandes de indivíduos homo ou bissexuais, como pinguins, girafas, chimpanzés, golfinhos, leões entre outros. Assim como estas espécies, nós somos obra da criação, e fomos feitos exatamente como somos.
Entender que a diversidade na humanidade é aceita por Deus é necessário para que não contaminemos a pregação do Evangelho com as nossas próprias ideias. Mesmo as diferenças que fogem aos objetivos da criação não são rejeitados pelo Senhor, como veremos abaixo.
Sabemos que o sexo, antes de qualquer outra função, tem como objetivo a procriação e perpetuação da espécie. Sabemos também que os que são incapazes de se reproduzir também praticam o sexo sem nenhuma culpa ou condenação. Vemos a igreja permitir em seu rol de membros quem faz uso de anticoncepcionais e preservativos. Sabemos que as mulheres que já deixaram de ovular também podem praticar o sexo com seus esposos, assim como aqueles homens e mulheres que são comprovadamente estéreis.
É claro que uma relação homossexual não pode gerar filhos, como as relações heterossexuais estéreis também não, mas estas pessoas continuam sendo capazes e até necessitadas de amar e de viver intimidade com a pessoa amada.
O problema da não-aceitação do casamento entre pessoas do mesmo sexo tem levado muitos homossexuais a viverem uma vida promíscua, sem qualquer princípio moral do Cristianismo, expondo-se a DST's, encontros perigosos que podem terminar em assassinatos, e no pior dos cenários, a pessoa afasta-se tanto dos caminhos do Senhor, ou entra em tamanha depressão, que termina por tirar a própria vida.
É hora de tomarmos posição, e entendermos que não vivemos os dias patriarcais, em que um homem deitar-se com outro, ou mulher deitar-se com outra, era motivo de apedrejamento. Os padrões de comportamento judaicos encontrados no Velho Testamento não fazem parte da vida cristã. É necessário distorcer as palavras do Novo Testamento, deturpando sua interpretação, para encontrar um "Deus" que odeia os homossexuais.
Não faremos delongas, explanando cada texto bíblico, mas o leitor pode verificar estes textos nos artigos Efeminados e Sodomitas, Esclarecendo Romanos 1, O Verdadeiro Pecado de Sodoma, Coerência para Levítico 18:22.
É necessário entendermos que há pessoas reais, com sentimentos reais, que poderiam estar vivendo uma vida digna aos pés do Senhor, mas não estão, porque sua natureza lhe é vetada. Não podemos obrigar um canhoto a escrever com a mão direita, não podemos obrigar um gago a falar eloquentemente, nem obrigar uma estéril dar à luz. Nossas diferenças são parte dos propósitos de Deus e temos o dever de respeitar cada um como o Senhor o criou.
Precisamos de disposição para enfrentar a hostilidade daqueles que nasceram, confortavelmente, em sua condição heterossexual, e que sentem-se no direito de avacalhar os que não lhe são iguais.
Precisamos esforçar-nos para não desistir da caminhada e da fé.
Precisamos de coragem para sermos quem somos e para não desistirmos da vida cristã que temos o direito de viver.
Compreendidas estas verdades, podemos e devemos ter consciência de que o casamento civil confere direitos aos que se casam. Formalizar seu relacionamento perante a lei traz inúmeras seguranças em caso de falecimento de um dos cônjuge, como herança, pensão outros benefícios que qualquer casal possua legalmente. Além disto, em caso de dissolução do relacionamento, ambas as partes estarão legalmente amparadas.
Finalmente, casados, poderão constituir família, inclusive dando um lar a crianças que não têm família.
Que haja discernimento em cada um, a fim de compreender qual seja a boa, perfeita e agradável vontade de Deus sobre nós.
Paz seja com todos!
Esta informação traz à luz a inequívoca verdade de que o casamento civil é uma instituição humana e não divina e, isto posto, causa-nos estranheza uma instituição religiosa vetar ao batismo em águas o candidato que tenha um relacionamento conjugal e não esteja casado civilmente. Este, porém, é assunto para um outro artigo.
O que pretendemos com o texto bíblico que usamos como tema neste artigo é esclarecer que não é bom que o homem viva só (Gênesis 2:18), e que apesar da doutrina hetero-normativa que envolve o Cristianismo, não é o desejo de Deus que os homossexuais sejam condenados à solidão na terceira idade ou que se entreguem à imoralidade por não serem aquilo que a sociedade esperava que fossem.
É importante evidenciar que nenhum homossexual escolheu sua orientação sexual, assim como nenhum heterossexual tenha escolhido. A sexualidade é naturalmente adquirida com a identidade de cada um, e não podemos viver de fantasias teológicas, esperando que a qualquer momento ocorra o milagre da heterossexualização de um gay, quando na verdade assistimos inúmeros casamentos se desfazendo porque um dos cônjuges se casou com o sexo oposto por medo de ser condenado.
Inúmeros testemunhos-troféus são contados por suspostos "ex-gays" que são, na verdade, bissexuais que abriram mão de se relacionar com pessoas do mesmo sexo. Quem conhece o assunto entende que é impossível um homossexual sentir atração pelo sexo oposto. A bissexualidade existe e é tão comum quanto a homossexualidade.
Ser homossexual não é a regra, mas é natural. Muitas espécies na natureza tem quantidades muito grandes de indivíduos homo ou bissexuais, como pinguins, girafas, chimpanzés, golfinhos, leões entre outros. Assim como estas espécies, nós somos obra da criação, e fomos feitos exatamente como somos.
Entender que a diversidade na humanidade é aceita por Deus é necessário para que não contaminemos a pregação do Evangelho com as nossas próprias ideias. Mesmo as diferenças que fogem aos objetivos da criação não são rejeitados pelo Senhor, como veremos abaixo.
Sabemos que o sexo, antes de qualquer outra função, tem como objetivo a procriação e perpetuação da espécie. Sabemos também que os que são incapazes de se reproduzir também praticam o sexo sem nenhuma culpa ou condenação. Vemos a igreja permitir em seu rol de membros quem faz uso de anticoncepcionais e preservativos. Sabemos que as mulheres que já deixaram de ovular também podem praticar o sexo com seus esposos, assim como aqueles homens e mulheres que são comprovadamente estéreis.
É claro que uma relação homossexual não pode gerar filhos, como as relações heterossexuais estéreis também não, mas estas pessoas continuam sendo capazes e até necessitadas de amar e de viver intimidade com a pessoa amada.
O problema da não-aceitação do casamento entre pessoas do mesmo sexo tem levado muitos homossexuais a viverem uma vida promíscua, sem qualquer princípio moral do Cristianismo, expondo-se a DST's, encontros perigosos que podem terminar em assassinatos, e no pior dos cenários, a pessoa afasta-se tanto dos caminhos do Senhor, ou entra em tamanha depressão, que termina por tirar a própria vida.
É hora de tomarmos posição, e entendermos que não vivemos os dias patriarcais, em que um homem deitar-se com outro, ou mulher deitar-se com outra, era motivo de apedrejamento. Os padrões de comportamento judaicos encontrados no Velho Testamento não fazem parte da vida cristã. É necessário distorcer as palavras do Novo Testamento, deturpando sua interpretação, para encontrar um "Deus" que odeia os homossexuais.
Não faremos delongas, explanando cada texto bíblico, mas o leitor pode verificar estes textos nos artigos Efeminados e Sodomitas, Esclarecendo Romanos 1, O Verdadeiro Pecado de Sodoma, Coerência para Levítico 18:22.
É necessário entendermos que há pessoas reais, com sentimentos reais, que poderiam estar vivendo uma vida digna aos pés do Senhor, mas não estão, porque sua natureza lhe é vetada. Não podemos obrigar um canhoto a escrever com a mão direita, não podemos obrigar um gago a falar eloquentemente, nem obrigar uma estéril dar à luz. Nossas diferenças são parte dos propósitos de Deus e temos o dever de respeitar cada um como o Senhor o criou.
Precisamos de disposição para enfrentar a hostilidade daqueles que nasceram, confortavelmente, em sua condição heterossexual, e que sentem-se no direito de avacalhar os que não lhe são iguais.
Precisamos esforçar-nos para não desistir da caminhada e da fé.
Precisamos de coragem para sermos quem somos e para não desistirmos da vida cristã que temos o direito de viver.
Compreendidas estas verdades, podemos e devemos ter consciência de que o casamento civil confere direitos aos que se casam. Formalizar seu relacionamento perante a lei traz inúmeras seguranças em caso de falecimento de um dos cônjuge, como herança, pensão outros benefícios que qualquer casal possua legalmente. Além disto, em caso de dissolução do relacionamento, ambas as partes estarão legalmente amparadas.
Finalmente, casados, poderão constituir família, inclusive dando um lar a crianças que não têm família.
Que haja discernimento em cada um, a fim de compreender qual seja a boa, perfeita e agradável vontade de Deus sobre nós.
Paz seja com todos!